<em>Liberation</em> <br>volta às bancas

O diário francês Liberation voltou às bancas no passado sábado, dia 26, após quatro dias de greve em protesto contra o plano de supressão de 52 postos de trabalho.
Na véspera, o colectivo de trabalhadores analisou as propostas da administração que, mantendo os cortes de pessoal, mostrou-se disposta a negociar rescisões amigáveis.
Fundado em 1973 por Jean-Paul Sartre e Serge July, o Liberation afirmou-se pelas suas posições de esquerda de inspiração maoísta. Contudo, essa imagem perdeu-se à medida que foi precisando de injecções de capital fresco.
Com chegada do financeiro Edouard de Rothschild que, desde o início do ano, passou a deter 38,8 por cento do capital, o aumento da rentabilidade foi claramente colocado em primeiro plano.
Sob as ordens deste antigo banqueiro de origens aristocratas e presidente da empresa de corridas de cavalos France-Galop, as contas da empresa foram passadas a pente fino e, em poucos meses, a previsão de perdas passou de 1,5 milhões de euros, em Abril, para 6,5 milhões de euros, apurados no final do Verão.
Contudo, para além de pretender rentabilizar o seu dinheiro, Rothschild tinha obviamente outros objectivos quando entrou no Liberation com 20 milhões de euros na mão.
A este propósito, o Sindicato do Jornalistas (SNJ-CGT) assinala em comunicado que a direcção de Serge July «abriu falência, designadamente devido aos seus editoriais revanchistas durante a campanha do referendo sobre a constituição europeia, em particular o que acompanhava os resultados» do escrutínio. Tal como praticamente todos os órgãos de imprensa franceses, o Liberation, de Rothschild, fez, obviamente, campanha pelo «sim».


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